No seu blog, Pedro Magalhães colocou recentemente dois post's, onde abordando indicadores sobre a pobreza e a desigualdade em Portugal e as respectivas evoluções, coloca algumas dúvidas pertinentes, pois os dados obtidos surpreendem face à difícil situação económica e de grande austeridade a que o país se vê obrigado, consequência por um lado de politicas irresponsáveis dos governos socialistas e por outro dos compromissos internacionais assumidos e que temos que cumprir.
Convém ter em conta, que sendo a percentagem da população que está em risco de pobreza ou exclusão social, calculada com base naqueles que vivem com um rendimento (depois de transferências sociais) inferior a 60% da mediana e como é provável que o rendimento global tenha diminuído, então também o valor desse limite diminuiu, amenizando assim os riscos de aumento da pobreza e das desigualdades
Estes dados colocam Portugal muito próximo da média dos 27 países da UE ou mesmo abaixo. Será que os efeitos da austeridade vão demorar mais tempo a fazer-se sentir em Portugal do que nos outros países que estiveram ou estão sob algum tipo ajustamento orçamental, nalguns casos extremamente elevado ou será que que esses efeitos caíram maioritariamente na classe média?
E se no segundo post, Pedro Magalhães faz eco de comentários feitos ao seu post anterior, onde são dadas algumas explicações e razões, que nos permitem compreender um pouco melhor estes dados surpreendentes, também não é menos verdade que continuam a haver aqui alguns elementos de surpresa, especialmente na comparação com Espanha, Itália nuns casos, e Grécia e Irlanda, noutros, mas é evidente que um diagnóstico correcto de tudo isto vai precisar de mais dados e, especialmente, mais tempo.
Fico pois à espera que o Pedro Magalhães não dê por concluído este tema e com a brevidade possível, nos possa trazer mais dados que nos permitam compreender melhor os dados agora apresentados.
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