Há 40 anos um punhado de homens liderado por Jaime Neves restituíram-nos a Liberdade e a Democracia, valores pelos quais outros, com destaque para Salgueiro Maia, se bateram em 25 de Abril de 1974.
40 anos depois o Partido Socialista, que em 1975 esteve na primeira linha do combate ao PCP e ao PREC, de que a manifestação na Alameda a 19 de Julho de 1975 foi um dos marcos desse combate, alia-se à esquerda radical, primando pela ausência na reunião que deveria discutir uma eventual evocação parlamentar do 25 de Novembro, impedindo dessa forma que o Parlamento comemorasse a data, que colocou fim a um processo que pretendia impor ao país um regime radical de esquerda.
Este comportamento do Partido Socialista na Assembleia da Republica, só pode ser compreendido com a vontade de agradar aos seus novos amigos ou com o medo de romper esta nova amizade e colocar em causa a aprovação do governo e do orçamento de estado e contrasta frontalmente com a atitude do mesmo Partido Socialista na Câmara Municipal de Lisboa, em que aprovou, juntamente com o PSD e CDS e contra o PCP, um programa evocativo desta data.
Dois pesos e duas medidas, para uma mesma situação, a que o PS nos irá, lamentavelmente, habituar nos próximos tempos, conforme precisar ou não do apoio da esquerda radical para se aguentar no poder.
No dia de hoje evocamos não só a data mas também a memória daqueles que em defesa dos valores de Abril, tombaram nesse dia na calçada da Ajuda, em Lisboa - Tenente Coimbra e o Furriel Pires.
Por isso, e como aqui já o disse, Obrigado Jaime Neves. Obrigado Comandos!
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