quinta-feira, 14 de julho de 2016

Assim se vê a força do BE

Nos anos revolucionários do PREC, nos comícios e manifestações do PC gritava-se a plenos pulmões "assim se vê a força do PC". 

Pois é, parece realmente que a tradição já não é o que era. O camarada Jerónimo vem hoje queixar-se de ao contrário do BE, o PC não ter sido ouvido pelo PS sobre os nomes dos juízes para o Tribunal Constitucional, lamentando-se (qual Kalimero) de o PC ter sido descriminalizado.

É caso para dizer "assim se vê a força do BE". É esta gente que, nem está no governo, que nos governa! Viva a geringonça!

A tradição já não é o que era

A primeira de muitas cedências. Demorou; andou às voltas; gaguejou, mas o camarada Jerónimo lá admitiu que vem aí mais austeridade e desta vez com o beneplácito do PC.

Ou será que esta é uma estratégia do PC para conseguir distanciar-se do BE? Se assim for, não sei se lhe vai correr bem.

Vamos esperar para ver a reacção do BE. 

Decididamente a tradição já não é o que era!

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Foi bonita a festa, pá... (2)

Evolução dos juros de Portugal, comparados com Espanha
O Tesouro português pagou juros superiores a 3% (3,093%para emitir dívida a 10 anos, um pouco mais do que no último leilão comparável (feito em junho), onde os títulos saíram com uma taxa de 2,859%, e inferior ao realizado em Maio, onde a taxa foi de 3,252%.

Mesmo em relação a esse leilão de maio houve uma deterioração do risco de Portugal — já que a tendência dos juros em toda a zona euro tem sido de um alívio bem maior:

A Alemanha, hoje pagou, pela primeira vez, juros negativos para emitir dívida com esse mesmo prazo e em Espanha os juros caíram de mais de 1,6% em maio para cerca de 1,1% hoje.

Aliás é visivel no gráfico, que desde Outubro do ano passado, é cada vez maior a diferença da taxa de juros a 10 anos entre Portugal e Espanha, onde curiosamente não há governo há mais de 6 meses.

E hoje a Universodade Católica, prevê que Portugal cresça menos de 1% este ano e que o défice se situe acima dos 3%. Apenas mais uma instituição a contrariar a geringonça, que continua alegremente a afirmar, que tudo corre sobre rodas e que todos os dados da execusão orçamental apontam para o cumprimento das metas previstas e que eram de um crescimento para este ano de 1,8%.

A mais de metade do ano, estas continuam a não ser boas noticias. As coisas complicam-se para a geringonça e consequentemente para Portugal e os portugueses.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Foi bonita a festa, pá...

Foi bonita a festa, pá, mas agora é tempo de voltar à realidade. E a realidade é que mais uma previsão contradiz os optimismos da gerigonça.

Depois das previsões de diversas entidades nacionais e internacionais, que de mês para mês, vêm emitindo previsões de crescimento da nossa economia cada vez mais pequenas, desta vez é o Barclays que arrasa com economia portuguesa.

Assim, a estimativa de crescimento do Barclays para Portugal é de 0,7% em 2016 e 0,3% em 2017 – oficialmente, o Governo espera que o país se expanda a um ritmo de 1,8% este ano.

Já o défice orçamental também fica acima do esperado. "Esperamos apenas uma correcção orçamental ligeira em 2016", indica o Barclays. "Prevemos que o défice em 2016 caia apenas ligeiramente, de 4,4% em 2015 para 4,1% em 2016, uma vez ajustado do cenário económico menos positivo e dos custos de recapitalização da banca". O Governo de António Costa aponta para 2,2%."

Estarão mesmo todos contra a geringonça? Estarão todas estas entidades e previsões erradas? Ou será que é tempo de o governo e os seus apoiantes começarem realmente a encarar a hipótese de não estarem erradas (pelo menos todas) e de o erro ser deles? 

domingo, 10 de julho de 2016

E hoje cumpriu-se Portugal. PRABÉNS PORTUGAL

"Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!"

Hoje foi o dia! Hoje cumpriu-se Portugal!

Portugal no Europeu 2016
Um dia único no desporto português:
Parabéns Tsanko Arnaudov;
Parabéns Rui Costa;
Parabéns Jessica Augusta;
Parbéns Sara Moreira;
Parabéns Patricia Mamona;
Parabéns Ronaldo, Parabéns Edér, Parabéns Nani, Parabéns Renato, Parabéns Quaresma, Parabéns Pepe, Parabéns Rui Patrício ......... Parabéns Fernando Santos (o Eng que cumpre), Parabéns Selecção;
Parabéns Portugal!

Portugal, Campeão Europeu de Futebol, 2016
Patricia Mamona, Medalha de Ouro no triplo salto, no Campeonato da Europa de Atletismo
Sara Moreira, Medalha de Ouro na meia maratona no Campeonato da Europa de Atletismo
Jéssica Augusto foi medalha de bronze na meia maratona nomCampeonato da Europa de Atletismo e Portugal colectivamente venceu a Taça da Europa da Meia Maratona
Tsanko Arnaudov, Medalha de Prata no lançamento do peso no Campeonato da Europa de Atlketismo
Rui Costa foi segundo da etapa de hoje na Volta à França em bicicleta
A estes brilhantes resultados no dia de hoje, nos ultimos dias Portugal obteve outros excelentes resultados, onde se destacam:
Dulce Félix, medalha de prata nos 10.000mt no campeonato da Europa de Atletismo
Portugal com três medalhas na Taça do Mundo de canoagem, em Junho
Fernando Pimenta bisa ouro no Europeu de Canoagem em Moscovo, em Junho

quarta-feira, 6 de julho de 2016

A culpa só pode ser do Passos Coelho & amigos

As previsões de crescimento para este ano, feitas pelas mais variadas instituições, têm vindo a cair lentamente, mas consistentemente, deste o inicio do ano, certamente fruto da influência que Passos Coelho ainda deve manter junto das mesmas. A este ritmo chegaremos ao final do ano com um crescimento nulo. Curiosamente para Espanha, que está sem governo já vai para mais de 6 meses, a Comissão Europeia estima um crescimento de 2,3%.

As taxas de juros a 10 anos estão desde o inicio do ano a descer na Alemanha, Espanha, Itália e Irlanda e a subir em Portugal. A culpa é certamente da conjuntura internacional (estão todos contra Portugal) e da Maria Luis Albuquerque.

Outro dado dos últimos dias, mostra-nos de forma claríssima a influência de outro amigo de Passos Coelhos, no boicote ao desempenho da geringonça e ao esforço de boa gestão do Adalberto. Neste caso o culpado só pode ser o Paulo Macedo, que conseguiu fazer com que em apenas 6 meses a divida dos hospitais atingisse o valor mais alto desde Janeiro 2015, passando de cerca de 460 milhões de euros em Dezembro de 2015, para 605 milhões de euros em Maio deste ano.

E quando ao emprego, não posso acreditar que a culpa de termos atingido a segunda menor taxa de emprego, quando na Europa a mesma taxa está a subir, seja de um governo que tem contado de forma clara e inequívoca com o apoio dos sindicatos em geral e em particular do Arménio, da Avoila, do Nogueira entre outros. Tem que haver aqui mãozinha dos reacionários de direita. Só pode.

Não sei porquê, mas estes valores começam a fazer lembrar-me os velhos tempos Socráticos, com taxas de juros a subir e o despesismo descontrolado. Com estas evoluções, vamos até onde é que a geringonça nos leva.

A falência da Câmara de Lisboa

Artigo de Pedro Braz Teixeira, publicado no Jornal I de 24 de Junho, que a propósito das inúmeras obras com que a dupla Medina - Salgado está a inundar a cidade, algumas das quais inexplicáveis e de resultados muito duvidosos, toca num ponto que poucos ou nenhuns têm sequer aflorado - a da sustentabilidade financeira destas obras e da própria CML. Aler!

A Câmara Municipal de Lisboa anda a fazer um conjunto de obras completamente faraónico cuja estratégia global nunca foi discutida publicamente e muito menos submetida a votos. Dadas as alterações estruturais que introduzem na cidade, são obras sem a menor legitimidade política.

Não se pode tomar medidas sobre uma cidade com a complexidade de Lisboa sem que os munícipes sejam ouvidos, sem que especialistas possam produzir as suas análises. Tomar decisões importantes nas costas dos eleitores, mesmo que com o apoio maioritário de dirigentes de vários partidos, é mais uma derrota da democracia em que a partidocracia deste regime podre se vai progressivamente desacreditando, descendo cada vez mais baixo, mesmo quando tal se imaginava impossível.

A razão para não ter havido debate público sobre o plano geral de obras deve-se à imensa hipocrisia que as rodeia. Sob o pretexto de tornar a cidade mais habitável, dificulta-se o tráfego automóvel nas principais vias da cidade. Como se fizesse algum sentido passear nas vias mais poluídas e engarrafadas. Se querem intervir, deveriam escolher as vias secundárias e os espaços verdes, e nunca as vias principais.

Todavia, insisto neste ponto: o mais grave não é a minha discordância pessoal com as opções seguidas, mas o facto de os lisboetas nunca terem tido oportunidade de discutir um tema desta importância, com tempo e vagar, dispondo de estudos de qualidade para enquadrar a análise.

Também já percebemos que estes estudos não existem, como ficou claro no caso das mudanças na Segunda Circular, em que nem sequer as autoridades aeroportuárias foram consultadas, o que revela um amadorismo assustador.

Agora, o que temos é um conjunto absurdamente elevado de obras, o que reforça a minha convicção de há muitos anos: é urgente cortar nas transferências para as autarquias, em vez de andar a cortar na saúde e na educação. Se, num período de crise, a autarquia lisboeta tem dinheiro para fazer a quantidade absurda de obras que anda a fazer, então isso deve ser encarado como sinal exterior de riqueza e motivar uma redução nas transferências do Estado central para este e outros municípios.

Na verdade, o que suspeito é que estas despesas são tão excessivas que ultrapassam qualquer excesso de dinheiro que a autarquia recebe e que a Câmara de Lisboa deverá declarar a sua falência quando todas estas despesas forem contabilizadas.

Quando esta falência ocorrer, o Estado central não deve socorrer a autarquia, que deve ser usada como exemplo para todas as outras, para não andarem a acumular dívidas que outros pagarão.

Os bancos que forneceram crédito à Câmara de Lisboa devem sofrer na pele e aprender que têm de ser muito mais criteriosos quando emprestam às autarquias. Os fornecedores também devem sofrer perdas, para também eles terem mais cuidado com os atrasos nos pagamentos dos municípios. Os habitantes e todos os que trabalham na capital deverão passar a beneficiar de menos serviços camarários e os trabalhadores autárquicos deverão ver as suas carreiras congeladas, durante o período que durar o ajustamento orçamental.

A falência ainda não é o resultado inevitável se os bancos, fornecedores, munícipes e funcionários autárquicos perceberem que é do seu máximo interesse que a câmara esclareça publicamente a sua situação financeira e o montante total de compromissos que está a assumir, direta e indiretamente, com estas obras politicamente ilegítimas. 

terça-feira, 5 de julho de 2016

“Um país à beira de uma crise”, diz o Commerzbank

Quando o tema das sanções continua em cima da mesa, com adiamentos sucessivos de uma decisão, o relatório do conceituado Commerzbank de meados de Junho deste ano faz cada vez mais sentido.

Nele se afirma que "a inversão de marcha na política económica que o novo governo está a realizar ameaça os progressos que Portugal fez nos últimos anos“.

"O Commerzbank partilha com os seus clientes a preocupação com a “perda de competitividade“, algo que “tinha melhorado muito nos últimos anos”. O banco nota que os ganhos de competitividade dos últimos anos tinham permitido “às empresas portuguesas aumentar as suas quotas de mercado, aumentar as margens de lucro das empresas, dinamizar os seus investimentos e, portanto, foram decisivos para apoiar a recuperação sustentada dos últimos anos”.

“Agora, prevê-se que os custos unitários do trabalho voltem a subir de forma significativa nos próximos trimestres”, diz o Commerzbank. Isto porque, recordam os economistas, o salário mínimo foi aumentado em 5% no início do ano, com aumentos de mais 13% previstos para os próximos três anos. O banco assinala, ainda, outras medidas como as 35 horas na Função Pública, o regresso dos quatro feriados e a provável recuperação dos três dias de férias adicionais para quem não falta ao trabalho.

Em finais de outubro de 2014, o mesmo Commerzbank emitia uma nota semelhante a esta em que dizia que Portugal estava “a mostrar [aos outros países] qual é o caminho”. Mas já no início deste ano descrevia Portugal como “a nova criança problemática da zona euro“.

 “A experiência anterior com tentativas similares, em outros países, torna pouco provável que este caminho resulte em sucesso“. “Existe, na realidade, um risco de que Portugal volte a sofrer um declínio económico"

No melhor dos cenários, a economia parece caminhar para um crescimento de 1%, enquanto o governo baseia o seu orçamento num crescimento de 1,8%”, diz o Commerzbank. O cumprimento das metas acordadas com a Comissão Europeia parece “muito questionável”.

E estas são sem dúvida as questões que estão em cima da mesa, quando se fala em sanções da Comissão a Portugal, e não um julgamento do anterior governo, como a geringonça quer a todo o custo fazer querer.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Descida do IVA na restauração: das promessas eleitorais à realidade

Obrigado pela extrema esquerda a cumprir a promessa de descer o IVA na restauração, mas ao mesmo tempo confrontado com o impacto nas contas públicas, cujas perdas iniciais se estimavam em 175 milhões de euros, António Costa ligou o complicometro, reduzindo assim ao máximo o impacto nas contas públicas.

São tantas as excepções criadas pelo fisco, que o regresso à taxa intermédia de 13% na restauração, está longe de ser de fácil aplicação e ainda mais de fácil compreensão e assimilação, seja pelos empresários seja pelos clientes, que levou a Visão a criar o "Guia para perceber o que muda no IVA da restauração". Não acredita? Então veja:

"Com a redução da taxa, torna-se necessário não só distinguir entre o consumo de alimentos e bebidas, mas também quanto ao local onde vão ser consumidos (se dentro do estabelecimento ou fora dele, em regime de take away ou entrega domiciliária), e ainda ao modo como foram confecionados (no momento ou pré-preparados e embalados).

Assim, um cliente que adquira num restaurante alimentos e bebidas para consumir fora, em regime de take away, ou que peça a sua entrega noutro local, pagará, por norma, os mesmos 13% de IVA pela refeição mas, no caso das bebidas, estas deixam de ser consideradas pelo fisco como “prestação de serviços” (taxada a 23%) e passam a ser encaradas como “fornecimento de bens”, pagando a mesma taxa que é cobrada por exemplo nos supermercados (23%, 13% ou mesmo 6%). É o caso do vinho, cujo IVA pode reduzir-se de 23% para 13% quando “sai” do restaurante para ser bebido em casa.

Mas é quando surgem as exceções que tudo se complica ainda mais. Ao contrário do exemplo anterior – em que o IVA até diminui – um bolo, um gelado ou uma bica podem pagar mais imposto quando são consumidos fora de um estabelecimento, passando da taxa intermédia de 13%, aplicada ao serviço (que não é prestado no regime de take away), para a taxa normal de 23%, aplicada à venda de bens".


Guia da Visão ler na integra aqui

Eixo Central - Primeiros sinais de uma obra feita à pressa

A necessidade de Fernando Medina em demarcar-se da gestão de António Costa e a sua teimosia de a qualquer custo e rapidamente (as eleições são já daqui a pouco mais de um ano), tentar fazer obra que marque este seu curto mandato à frente da CML (para o qual não foi eleito), adivinhava-se que iria ter várias consequências negativas para os Lisboetas.

Nas obras de requalificação do eixo central, na ligação da Av. Fontes Pereira de Melo ao Marquês de Pombal, zona em que o traçado final desta ideia mirabolante já abriu ao trânsito, são já visíveis os efeitos que espelham os primeiros sinais de um mau desenho viário, feito à pressa como parece normal nos dias de hoje, e que a curto/médio prazo, se irá traduzir em rectificações e acertos de projecto, que se traduzirão não só em mais despesa e mais obras, mas também em mais filas de espera e atrasos. Enfim, em TEMPO dos Lisboetas.

É já notório, que este novo traçado, apresenta uma largura de perfil extremamente reduzida, para o qual a CML e Fernando Medina foram em devido tempo alertados, sem que nada os demovesse dos seus intentos e teimosia, de que são prova os imensos acidentes, felizmente sem gravidade e portanto não reportados as forcas policiais, mas os quais provocam danos nas viaturas e nos novos lancis - ver fotos

Seria de equacionar que se suspendesse toda a intervenção no eixo central, por forma a corrigir ainda em projecto, todas as situações semelhantes, evitando assim todos os transtornos causados á população, não só no presente, como de futuro.
Fotos PSD Lisboa

domingo, 3 de julho de 2016

A defesa da família pela geringonça

A nossa esquerda continua a digerir muito mal a aplicação de medidas de defesa da família. No orçamento de estado para 2015 PSD e CDS proposeram uma medida que permite às Câmaras Municipais baixarem o IMI das familias com filhos.

Dos 308 municípios, 218 já aplicaram esta medida, baixando o IMI às famílias com filhos. No Barreiro o PSD propôs a redução. Maioria comunista opôs-se e socialistas abstiveram-se. A geringonça no seu melhor.