A 6 de Maio de 1974, Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota, com a leitura de um breve comunicado no Telejornal da RTP, pouco depois das 19 horas, comunicavam ao país a criação do Partido Popular Democrático (PPD), que por aparecimento um dia antes do Partido Cristão Social Democrata (que desapareceria menos de um mês depois), já não podia assumir o nome tão querido pelos 3 fundadores - Partido Social Democrata.
No entanto e apenas a meia hora do inicio do referido Telejornal, no gabinete do Director do jornal Expresso, na Rua Duque de Palmela, e com Sá Carneiro no Porto, mas em contacto telefónico permanente, é que é sugerido e aceite quase de imediato por todos, o nome de Partido Popular Democrático, após o que Marcelo Rebelo de Sousa escreve o comunicado de 6 pontos, que viria a ser lido pouco depois.
Ao contrário do que é anunciado, o Partido nunca chegará a ocupar a sede atribuída pelo MFA na Travessa do Guarda-Mor nº 25, ficando sem sede até dia 14, altura em que é ocupada uma antiga instalação (por sinal, decrépita) da Legião Portuguesa no Largo do Rato, que depois de desocupada e limpa, abrirá ao público no dia seguinte pelas 10 horas da manhã.
Tinha acabado o tempo do Expresso - sede provisória do PPD.
Em meados de Julho a sede passa para a Av. Duque de Loulé, nº 12, ficando as instalações do Largo do Rato, para a estrutura Distrital (na altura denominada Regional)*.
Mas, não menos importante do que uma boa sede, é a imagem básica do Partido. Falta um símbolo definitivo e uma cor partidária.
A cor é escolhida em ainda em Junho, mas só aparece em documentos do Partido em Julho. É o laranja, cor sugerida por Conceição Monteiro.
É também em Julho que surge o símbolo do Partido, de que Augusto Cid é o principal pai e sobre o qual Pedro Roseta, em texto publicado no Povo Livre de 4 de Março de 1975, dará a sua explicação.
In "A Revolução e o Nascimento do PPD", Marcelo Rebelo de Sousa, Bertrand Editora
Filme dos 38 anos
*O Partido aqui terá a sua sede Nacional durante os 3 a 4 anos seguintes, altura em que se muda para o palacete da Rua Buenos Aires, onde ficará até finais dos anos 80 e de onde passará para a actual sede na R. de São Caetano.
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