Precisamente um mês depois da grande manifestação de Leipzig, que marcou o principio do fim do muro de Berlim, de forma insperada pelas 23 horas o muro caiu.
Mas enquanto em Berlim se comemorava e os alemães começavam já a pensar na reunificação das duas Alemanhas, por toda a Europa Leste abriam-se as fronteiras, e se adivinhava que a cortina de ferro tinha desaparecido, por cá 5 dias depois a 14 de Novembro, o Partido Comunista ainda acreditava que tudo não passava de algo pontual e que depressa o socialismo voltaria a reinar, a RDA duraria muitos mais anos e tentava defender a perestroika, sem perceber que a Europa e o Mundo tinham mudado irreversivelmente naquela noite e que o fim da URSS estava para breve.
Mas se hoje conseguimos perceber esta cegueira dos nossos comunistas em não aceitarem, ainda nessa altura, algo que era uma evidencia para o resto do Mundo, incompreensivel é a forma como ainda hoje continuam a ver o que se passou. Esta semana o Avante escreve que, "A pretexto da passagem de 25 anos sobre a chamada «queda do muro de Berlim» está a ser levada a cabo uma campanha anticomunista de intoxicação da opinião pública", não compreendendo, ou não querendo compreender, que o muro que tão rapidamente nasceu na madrugada 13 de Agosto de 1961, da mesma forma ruiu na noite de 9 de Novembro de 1989, para sempre. Tinham-se passado 28 anos...
Adenda: "O Partido Comunista Português reescreve a história, lançando um anátema sobre a «chamada queda do Muro», comemorada «pela direita e pela social-democracia», e retomando o argumento de que o seu levantamento fora determinado pelo ocidente para «conter o comunismo» e não pelas autoridades soviéticas e leste-alemãs para impedir a fuga maciça de cidadãos para a área controlada pelas potências ocidentais". In A terceira noite
Adenda: "O Partido Comunista Português reescreve a história, lançando um anátema sobre a «chamada queda do Muro», comemorada «pela direita e pela social-democracia», e retomando o argumento de que o seu levantamento fora determinado pelo ocidente para «conter o comunismo» e não pelas autoridades soviéticas e leste-alemãs para impedir a fuga maciça de cidadãos para a área controlada pelas potências ocidentais". In A terceira noite
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