Estes suíços são uns cómicos. Apenas uma semana depois de terem aprovado em referendo, limitações à livre circulação de pessoas e como tal à entrada de cidadãos da União Europeia (UE) no seu mercado laboral, três em cada quatro suíços querem manter acordos com UE, segundo uma sondagem publicada jornal Sonntags Blick.
No momento em que a Europa se encontra a 3 meses de eleições para o parlamento Europeu, é bom ter presente que o resultado do referendo da passada semana na Suiça, foi o defendido pelo Partido do Povo Suíço (SVP, coligação de movimentos da direita nacionalista e populista), ao qual se oponham a larga maioria dos partidos suíços e que é bem o espelho da crescente influencia dos movimentos de direita e extrema direita, anti europeístas, que vão crescendo na Europa e aos quais algumas sondagens prevêem forte crescimento e influencia nas próximas eleições.
Esta postura dos suíços de querem "sol na eira e chuva no nabal", tem que ter uma firme resposta da UE, que não pode abdicar de forma alguma de um dos seus principais pilares - a livre circulação de pessoas (e bens), nas suas relações com a Suiça. Ao colocarem em causa um dos acordos que têm com a União Europeia, os suíços colocam em causa todos os existentes, nomeadamente aqueles que lhes permitem beneficiar do mercado interno da União Europeia, que tantos benefícios lhes proporcionam.
Como afirmou a comissária europeia Viviane Reding, “A Suíça não pode ficar só com o que gosta” até porque "todos os indicadores mostram que a abertura da Suíça à UE tem saldo positivo".
Como afirmou a comissária europeia Viviane Reding, “A Suíça não pode ficar só com o que gosta” até porque "todos os indicadores mostram que a abertura da Suíça à UE tem saldo positivo".
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