Porque acredito que uma criança precisa de um pai e de uma mãe, não sou por principio favorável à coadoção por casais do mesmo sexo (sendo contra a adopção), mas respeito e aceito quem pense o contrário.
O que não posso aceitar de forma alguma, foi a posição do meu partido hoje na Assembleia da República, que levou à aprovação de um referendo sobre a coadoção. Mas discordo ainda mais do papel que a JSD, onde militei e fui dirigente durante vários anos e que para mim continua a ser a melhor organização politica de juventude em Portugal, se prestou de avançar com uma proposta, só porque o PSD, seja por medo, seja por incómodo, não teve a frontalidade de o fazer.
Nestas questões o Partido tem de se assumir: ou é a favor ou é contra. Não pode nem abster-se e muito menos esconder-se atrás de um referendo. É uma atitude de desresponsabilização cobarde.
Não costumo estar muito de acordo com a Teresa Leal Coelho (que até é favorável à coadoção), mas desta vez, com a decisão de se demitir da direcção da bancada parlamentar do PSD, tem o meu aplauso. E a questão não é ser a favor ou contra a coadoção.
É uma vergonha fazer-se um referendo sobre um tema que não é nem prioritário nem urgente e muito menos preocupa os Portugueses, nos tempos difíceis e conturbados que vivemos. Quando são cada vez mais os casos de famílias em enormes dificuldades, vão-se gastar uns larguíssimos milhares de euros num processo eleitoral (desculpem referendo), que muito provavelmente nem vai conseguir chegar aos 50% de participação, como já aconteceu no passado.
E depois, como é que querem que o povo perceba os sacrifícios que lhes andamos a pedir. É por decisões como a de hoje que a classe politica é cada vez mais mal vista. O que se passou hoje, mais não foi que uma atitude irresponsável, na qual não me revejo, nem é própria do PSD onde cresci e no qual continuo a acreditar e da qual o PSD saiu isolado.
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