Apesar dos milhões que o estado injectou nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, o passivo da empresa passou de 128 milhões de euros em 2005, para 281 milhões de euros em 2012, ao mesmo tempo que o número de trabalhadores descia de 1098 para 608;
Em 1998 o governo PS/Guterres anuncia pela primeira vez a intenção de reprivatizar a empresa, solução que se tornou inviável em 2012 pela decisão Direcção Geral da Concorrência da Comissão Europeia, pois esta só permitia a reprivatização se a empresa devolvesse ao estado os 181 milhões de euros que recebeu de ajudas ilegais, dinheiro que a empresa não tem;
Dos 22 navios entregues entre 2003 e 2013, 20 deram prejuízo, a que somam os mais de 70 milhões de euros pelos 2 navios construídos e que o governo dos Açores liderado pelo PS/Carlos César recusou receber;
Durante estes anos, em que os estaleiros viveram à conta do dinheiro de todos nós, com prejuízos atrás de prejuízos, não me lembro de ouvir o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo (PS), a eurodeputada Ana Gomes (PS), a Intersindical, o PCP ou BE protestarem contra este sorvedouro de dinheiros públicos, pois como bons socialistas/comunistas continuaram a entender que o estado tem que suportar tudo e todos, mesmo com milhões e milhões de prejuízos.
Em 2013, quando a hipótese mais provável era o encerramento dos estaleiros, o governo PSD, através de um concurso público internacional, encontra uma solução, que permite manter a construção naval em Viana do Castelo e que defende os trabalhadores, mas que liberta o estado deste enorme fardo financeiro, agora sim vêm todos protestar, mas sem sugerirem uma alternativa.
Enterrar a cabeça na areia, tapar buracos com dinheiro, dizer mal do governo, é fácil. Difícil é tomar decisões! O futuro dará razão ao governo e ao PSD.
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