A Câmara Municipal de Lisboa anunciou no seu site que as obras de “execução de arranjos exteriores, inseridos nas obras do metropolitano de Lisboa” na Av. Duque de Ávila iam começar, na passada sexta-feira dia 6 de Agosto, conforme anunciado e prometido pelo Sr. Vereador Nunes da Silva, por diversas vezes, provocando “alguns condicionamentos de trânsito”.
No entanto, a empresa que vai realizar as obras andou a colocar nos para brisas dos carros um aviso comunicando o início das obras no dia 10 e solicitando para que não estacionem nas zonas vedadas, algo que parece ninguém ter feito.
Afirma a CML que a obra irá demorar 6 meses e decorrer em 3 fases, sem no entanto indicar qual o período em que vai decorrer cada uma das fases;
Indica ainda que “será sempre garantido o acesso aos hotéis existentes” e que “a PSP-DT/PM estarão presentes no local a coordenar os desvios inerentes”.
Aquilo que vemos, 1 semana depois do anunciado, são grades a condicionar o trânsito de uma ponta à outra da avenida, complicando ainda mais aquilo em que já estava transformada a Duque de Ávila. De obras nada!
Polícia, ao contrário do anunciado, também foi algo que não vi e passei pela Duque de Ávila quase todos os dias durante a última semana, como aliás faço habitualmente.
O acesso aos hotéis está realmente indicado, mas apenas parece ser acessível a viaturas ligeiras. Tenho dúvidas que um normal autocarro de turismo consiga percorrer o caminho indicado até aos hotéis. E todos sabemos que diariamente vários autocarros de turismo circulavam naquele quarteirão da Duque de Ávila.
E a prova que estes condicionamentos de trânsito serviram apenas para que a CML anunciasse o inicio de umas obras que ninguém vê, de forma a cumprir com a data de dia 6 anunciada pelo Sr. Vereador, é a situação caricata a que pude assistir na sexta-feira 13 ao final da tarde, junto ao cruzamento com a Rua D. Filipa de Vilhena.
Devido ao leve vento que se fez sentir nesse final de tarde, as grades colocadas à pressa e mal pela CML, começaram a cair impedindo a circulação dos autocarros, tendo sido os próprios motoristas da Carris a terem que desobstruir a via para poderem passar. E como já disse, polícia nada ou quase nada.
Quase nada, porque do outro lado do cruzamento, estava um agente da PSP, que de certeza viu os autocarros parados no cruzamento e a quem me dirigi a chamar a atenção para o que estava a acontecer, tendo apenas dito que ia avisar os seus colegas!!!
Apesar do projecto e da decisão sobre a opção escolhida para a requalificação da Av. Duque de Ávila ser da Câmara, esta é uma obra da responsabilidade do Ministério das Obras Públicas Transportes e Comunicações e do Metropolitano de Lisboa, conforme afixado nas grades já colocadas.
Curiosamente nesses avisos os campos referentes ao custo total, ao financiamento e à data prevista para a conclusão da obra estão em branco. Ou seja, temos mais uma obra pouco transparente e onde o governo não se compromete com uma data para o seu término.
Sr. Vereador Nunes da Silva, basta de confusões e de promessas não cumpridas naquela artéria. Concordando-se ou não com o seu projecto, aquilo que todos que ali vivem, trabalham ou simplesmente por lá passam querem é que estas últimas obras sejam feitas o mais rapidamente, mas de forma ordenada e bem feitas. E aquilo a que estamos a assistir é tudo menos isso.
Em conclusão e relativamente ao aviso colocado no site da Câmara, apenas vimos os “condicionamentos de trânsito”. De tudo o resto, nada.
Basta-nos esperar agora pelo dia 6 de Fevereiro de 2011, para vermos se as obras agora anunciadas para estarem prontas em 6 meses, estarão ou não prontas. Por mim ficarei atento!
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