Subscrevi hoje a iniciativa do Forum Cidadania LX, dirigida ao Senhor Presidente da CML, sobre as "Zonas 30", onde é manifestada a total concordância com esta iniciativa como se incentiva a Câmara a continuar a implementação destas zonas, noutras áreas residenciais da cidade, além das previstas.
No entanto, e numa altura em que o país atravessa uma grave crise financeira, em que na cidade de Lisboa são cada vez mais as famílias em grave situação económica e em que surgem cada vez mais notícias de problemas alimentares em crianças, julgamos que a parte de marketing associada a esta iniciativa, deveria no mínimo ser repensada, se não mesmo abandonada.
Não faz sentido a colocação de esculturas, sob que forma seja, a sinalizar essas zonas, quando um simples sinal de trânsito, por ventura um pouco maior que os habituais, pode de certeza ter o mesmo efeito se não ser ainda mais eficaz.
E não é só o custo associado à criação, fabrico e colocação dessas "esculturas" que está em causa, mas também o custo e a capacidade da Câmara em fazer a manutenção e limpeza dessas mesmas estruturas, quando são inúmeros os exemplos por essa cidade fora de património artístico que se encontra danificado, sujo ou simplesmente grafitado e que a Câmara tem mostrado não ter capacidade para fazer a sua manutenção.
Já quanto à sinalização também prevista em calçada portuguesa nos passeios, não só não terá custos de produção mas apenas de colocação, como a sua danificação é mais rara. Por outro lado promove uma arte tipicamente Lisboeta, que deveria ser cada vez mais usada pela Câmara, como forma de promoção e preservação desta forma artística tão característica de Lisboa, como o exemplo do código QR recentemente colocado no Chiado.
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