quarta-feira, 6 de novembro de 2013

É urgente preservar a calçada portuguesa



Por causa de umas senhoras que não gostam da calçada portuguesa, porque ficam com os tacões presos nos passeios, dos idosos, que toda a vida viveram e calcorrearam a calçada portuguesa, mas aos quais parece que só agora é que traz problemas e essencialmente por causa do estacionamento indevido em cima dos passeios, que esse sim danifica profundamente a calçada portuguesa, vai-se acabar uma das principais características de Lisboa, em vez de se se encontrarem soluções que preservem e promovam esta arte.

O que é que se entende por zonas históricas? É que em algumas zonas da cidade, que para o comum dos mortais são históricas, como a Rua da Vitória ou o miradouro de Santa Catarina, parece que o ataque à calçada portuguesa já começou. E ou eu não conheço Lisboa ou será que o Sacramento não é zona histórica?

Não seria  de bom senso, começar por identificar o que se entende por zonas históricas e o que realmente se pretende com esta ideia, antes de começarem a destruir um património único? Alguém se lembra de como era a calçada portuguesa, que rodeava a placa central do Terreiro do Paço e que foi substituída por pedra (mármore?) lisa? Ou será que o Terreiro do Paço não é nem histórico nem turístico?

Mas também há que ter atenção às zonas turísticas,  nomeadamente às zonas da cidade como as Avenidas Novas, onde se localizam alguns dos mais importantes hotéis da cidade.

E as alternativas à calçada portuguesa, não são bem piores e perigosas, nomeadamente em tempo de chuva? 

Esta é uma técnica genuinamente nossa, que tem de ser preservada e melhorada. A solução deve passar por recuperar a verdadeira calçada portuguesa, pois aquilo que se vê actualmente em grande parte da cidade mais não é, como muitos lhe chamam, de amontoados de pedras colocadas por curiosos, que causam a maior parte dos problemas de que muitos se queixam.

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