Os resultados do relatório de 2013 da Freedom House, divulgado em Janeiro, e intitulado "Freedom in the World 2014", são um alerta vermelho para a democracia: mais de metade dos países do mundo têm pouca ou nenhuma liberdade. Cerca de 2,5 mil milhões de pessoas vivem em condições de repressão.
Em 2013, 88 países foram considerados "livres", 59 "parcialmente livres" e 49 "nada livres", o que signifca que há 45% de países com muita liberdade contra 55% de países com nenhuma ou pouca liberdade, num total de 195 países observados. Destes 54 países registaram um drecéscimo nos níveis das suas liberdades. A situação só melhorou para 40, de acordo com o estudo.
Nos países da CPLP, nota negativa para a Guiné-Bissau, que está entre os dez países que liberdades políticas e civis perderam nos últimos cinco anos.
Quénia, Honduras, Nepal, e Paquistão passaram a ser classificados como democracias eleitorais em 2013, o que fez subir para 122 o total de países democráticos no mundo.
Paradoxalmente, em relação a 2012, só o Mali é que subiu de nada livre a parcialmente livre, apesar da situação de violência que se vive no país. Serra Leoa e Indonésia desceram na classificação passando de livres a parcialmente livres, enquanto a Republica Central Africana e o Egito passaram a ser considerados nada livres.
Os onze países menos livres do mundo são a Arábia Saudita, Coreia do Norte, Eritreia, Guiné Equatorial, República Central Africana, Síria, Somália, Sudão, Tibete, Turquemenistão e Uzbequistão.
O governo autoritário do Presidente russo Vladimir Putin também é alvo de nota devido a "uma série de manobras oportunistas" de Putin, incluindo a política de asilo concedida a Edward Snowden, assim como práticas de intimidação, condenação criminal de manifestantes e opositores políticos.
O relatório refere que há corrupção, violência e ataques verbais à comunidade LGBT [homossexuais e transexuais] por parte dos deputados.
Partindo de uma base que inclui 25 items de análise, cada país ou território é classificado com 'notas' de um, representando o mais livre, a sete, o menos livre.
O relatório destaca o papel do "autoritarismo moderno" no controlo e repressão das liberdades da imprensa, do sistema judicial, da sociedade civil da economia e das forças de segurança.
Os países que praticam este tipo de autoritarismo enfraquecem os opositores políticos mantendo uma "imagem exterior de ordem, legitimidade e prosperidade."
A Europa central é acusada de xenofobia. Políticas anti-imigração de países como o Reino Unido, Franca, Holanda e Áustria merecem nota negativa, bem como o crescimento de movimentos extremistas como a Aurora Dourada, na Grécia, políticas antissemitas e intolerância face à comunidade LGBT.
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