"Esperamos que brevemente sejam restabelecidos os feriados do 5 de Outubro e do 1º de Dezembro" - A isto se resume o discurso de António Costa, hoje nas comemorações do 5 de Outubro, anunciador das propostas facilitistas e populistas que se advinham e a que os socialistas já nos habituaram.
Ao contrário dos últimos 3 anos, em que no 5 de Outubro fez discursos como se fosse o líder da oposição, António Costa fez hoje um discurso politicamente menos incisivo, pode mesmo dizer-se que foi um discurso suave e anunciador da sua saída da Câmara Municipal de Lisboa. E não deixa de ser curioso, que no momento em que, na prática, já é o líder do PS e da oposição, António Costa mude a tónica do seu discurso, prova de que quando não se tem a responsabilidade que tem que ter um candidato a primeiro ministro, o discurso é bem mais fácil.
Quando se estava à espera que começasse a anunciar ao país, com seriedade, o que pensa e quais as suas propostas para o futuro do país, António Costa resume-se a propor o regresso de dois feriados. Pouco. Muito pouco, para quem quer ser primeiro ministro daqui a um ano.
Mas António Costa voltou a afirmar que "quer no país o que fez em Lisboa". Mas o que é que fez em Lisboa? A reforma administrativa de Lisboa, à qual se está sempre a referir, não é de certeza, pois essa só foi possível com a intervenção e participação decisiva do PSD, pois caso contrário o que teríamos tido era um retalhar completo da cidade, com fins claramente eleitoralistas e de consequências imprevisíveis, que era o que a proposta inicial de António Costa previa.
Como também disse hoje Vital Moreia, "Costa não pode deixar entender que com ele voltou o facilitismo".
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