terça-feira, 14 de junho de 2016

Passou-se! Só pode.


Ou seja,  todos os trabalhadores sejam ou não sindicalizados, mas que beneficiem de contrato colectivo de trabalho negociado pela central sindical, seriam obrigados a pagar uma taxa.

A isto Carlos Silva apelida de consenso. A mim parece-me mais extorsão.

E se o sindicato for da Inter? Seria engraçado obrigarem-me a pagar a um sindicato da Inter, que anda normalmente mais preocupado em "jornadas de luta" e manifestações contra governos, mesmo quando estes são da sua cor e até lhes fazem as vontades mais incriveis, como ainda recentemente podemos ver, com o escandaloso acordo com o sindicato dos estivadores.

Se não têm sócios suficientes para, com as suas quotas, sustentarem o funcionamento dos sindicatos, que tal começarem a pensar em mudarem as prioridades e virarem-se realmente para os trabalhadores e oferecerem-lhes serviços e benefícios que os façam ver de maneira diferente a importância que os sindicatos podem realmente ter e que verdadeiramente não têm tido nos últimos largos anos em Portugal.

A este respeito veja-se a taxa de sindicalização superior a 60% no sector bancário e de seguros e tire-se as devidas ilações. No entanto este é um sector que tem um peso relativamente pequeno no que respeita ao número de trabalhadores (cerca de 3,5%).

Os sectores com maior peso de trabalhadores - Industrias transformadoras, Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos e construção, as taxas de sindicalização variam entre os 11% e os 4%. No seu conjunto estes 3 sectores representam um pouco mais de 50% dos trabalhadores. Com taxas de sindicalização destas nenhum sindicato pode obrigar os restantes 90% ou mais dos trabalhadores a contribuir para uma organização da qual não querem fazer parte.

Haverá de certeza outras formas de financiamento, além da criação de mais um "imposto" sobre os rendimentos dos trabalhadores.

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