Incomodados com a recusa do PS em aceitar a Comissão de Inquérito à CGD, a esquerda tenta disfarçar o mau estar com as habituais afirmações que o PSD quer privatizar a CGD e que esta Comissão de Inquérito irá destabilizar o sistema bancário.
Relativamente à primeira, ficou mais uma vez esclarecido pelo líder parlamentar do PSD, no último debate quinzenal na AR, que “o PSD entende que não está em causa a natureza pública da CGD, não vale a pena virem com essa cortina de fumo para fugir à discussão que interessa ao país. Sempre que os senhores não querem discutir mandam essas atoardas para ver se desviam as atenções”.
Quanto à segunda e caso tal fosse verdade, bastaria o Primeiro Ministro responder às questões que o PSD colocou. O PSD já percebeu que o Sr. Primeiro Ministro foge sempre a prestar os esclarecimentos a que os portugueses têm direito. "Os portugueses têm direito a saber o que é que se passou na CGD e o porquê destas necessidades. Temos de compreender muito bem como é que a Caixa chegou a esta situação"
Os portugueses têm de saber o que incomoda tanto o Senhor Primeiro Ministro nesta questão.
É ou não verdade que a quase totalidade do crédito malparado que está na CGD, e que é uma das razões para a necessidade de recapitalização, foi decidido num tempo em que as decisões emanavam de um Governo a que António Costa pertenceu?
É ou não verdade que ao contrário do que o governo pretende, não são necessários 4 mil milhões de euros, pois os dados revelam que 1,7 mil milhões são suficiente face às novas regras do BCE?
Fica claro que, com o pedido de criação desta Comissão de Inquérito, o PSD não tem nada a esconder, com a gestão da CGD durante os últimos 4 anos, durante os quais os rácios de capital da CGD melhoraram muito. O que está em causa é a falta de transparência do governo neste processo.
Excertos da intervenção do Líder Parlamentar do PSD, Luís Montenegro, no debate quinzenal com o Primeiro Ministro, na passada quarta-feira 15 de Junho
João Marque de Almeida, de forma clara e incisiva, em crónica publicada hoje no Observador, põe o dedo na ferida, ou como o povo ousa dizer "chama os bois pelos nomes": Por mais que o governo queira, o passado não o larga, nem nos larga a nós. Quando todos queremos olhar para o futuro, a Caixa leva-nos de volta à “arqueologia socrática”. Foi entre 2005 e 2010, com Sócrates em São Bento, que a Caixa mais perdeu dinheiro.
A ler na integra!
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