Recebi esta quinta-feira, dia 17 de Junho, na caixa do correio, o número de Abril da revista da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima. É verdade: de Abril, com um mês e meio de atraso, com todas as consequências no conteúdo que isso pode ter. Se não vejamos.
É anunciado que as inscrições para a Acção Praia Campo decorreram de 1 a 20 de Junho (curiosamente Domingo), quando no passado dia 31 de Maio em plena reunião pública do executivo da Junta de Freguesia a Senhora Presidente da Junta comunicou já não haver inscrições e que este foi o ano em que as vagas foram preenchidas mais rapidamente.
Por outro lado, na página 17, é dada uma informação inelegível devido ao tamanho minúsculo da imagem, sobre o reordenamento da Avenida Duque de Ávila. Curiosamente na mesma reunião pública da Junta, e em resposta a uma questão de uma moradora, a Senhora Presidente afirmou por um lado não ter a Junta nenhuma informação sobre o assunto das obras da Avenida Duque de Ávila, ao mesmo tempo que foi dizendo que a Duque de Ávila ia ficar sem transito e que os transportes públicos iriam ficar a circular, como actualmente, pelas Avenidas João Crisóstomo e Miguel Bombarda.
Já quanto ao estacionamento caótico nestas duas Avenidas afirmou que a situação só iria piorar, pois segundo a Senhora Presidente, o túnel que iria ser construído no princípio da Avenida João Crisóstomo, no cruzamento desta Avenida com a Rua Alves Redol e que seria por baixo da escadaria do IST, só irá piorar ainda mais toda a circulação na zona.
Mas não satisfeita, aconselhou a moradora que o melhor que teria a fazer era inscrever-se para intervir na assembleia Municipal, para ver se aí a Câmara Municipal lhe dá alguma resposta. Mas pergunto eu, não tem a Senhora Presidente da Junta lugar por inerência na Assembleia Municipal, local onde pode e deve intervir na defesa da sua Freguesia fazendo-se porta-voz dos moradores e das suas preocupações?
Sobre este assunto é de referir que um dos elementos do executivo se viu na necessidade de intervir, e bem, segundo a minha opinião, para repor a verdade sobre o que tinha acabado de ser dito, pois se por um lado não está prevista a construção de nenhum túnel mas sim de um Parque de Estacionamento subterrâneo por debaixo das escadarias do IST, por outro a Avenida Duque de Ávila vai ter trânsito no sentido S. Sebastião – Alameda Afonso Henriques, onde está prevista a circulação de transportes públicos.
De referir que esta é a verdade dos factos e que isto mesmo foi recentemente afirmado pelo Senhor Vereador Nunes da Silva, na reunião pública de Câmara, que se realizou no Centro Social São Vicente de Paulo no dia 7 de Abril e onde a Senhora Presidente esteve presente. Já agora de referir que dos três presidentes de Junta presentes (a reunião era dirigida às Freguesias de Campolide, São Sebastião da Pedreira e Nossa Senhora de Fátima), a nossa Presidente foi a única que não interveio. Se calhar porque acha tudo vai bem no seu “reino”. Mas não posso deixar de registar as intervenções dos Presidentes de São Sebastião da Pedreira, muitíssimo critica relativamente à gestão Socialista da CML na sua Freguesia e mesmo do Presidente de Campolide, eleito pelo PS, mas que nem por isso deixou de chamar a atenção dos problemas da sua Freguesia e sobre quais urge uma intervenção da Câmara.
Mas voltando à revista, que tem 20 páginas, apenas o correspondente a 4 páginas e meia dizem respeito a actividades da Junta, o que é muito pouco. Não é que, por exemplo, não sejam interessantes as 4 páginas sobre a Universidade Nova. Mas no momento em que esta instituição vai sair da Freguesia, parece-me excessivo e logo como tema de capa.
Também é importante o, sempre presente, artigo sobre quem é alguém na toponímia da Freguesia, mas aquilo que queremos é saber o que a Junta faz. Que divulgue aquilo que faz e quais os resultados da sua acção.
E a questões como o cantinho do artista, que pretende divulgar os artistas da Freguesia, nem meia página e com uma fotografia que mal dá para ver quem é quem na foto. Verificando-se este mesmo problema na notícia referente à Avenida Duque de Ávila, onde a planta apresentada deveria ocupar a largura de duas páginas para ser minimamente legível, e ter uma explicação clara e pormenorizada daquilo que a Câmara quer fazer naquela zona e em relação ao qual a Senhora Presidente da Junta esteve contra no final do mandato anterior, juntamente com os Presidentes das outras 4 Juntas afectadas por este desvario do Vereador Sá Fernandes, tendo mesmo participado numa conferência de imprensa, realizada no Fórum Lisboa, destinada a denunciar a aberração deste projecto. Será que a Senhora Presidente já não se lembra do que defendeu?!
É lamentável que passados uns tempos afirme publicamente que nada sabe sobre o que se vai passar naquela zona e pior ainda afirme coisas que não estão nos planos que agora divulga e que nunca ninguém ouviu.
A actual revista de Nossa Senhora de Fátima está muito longe da qualidade, quer gráfica quer de conteúdos, daquela que obteve dois excelentes prémios, a nível nacional, nos Encontros de Comunicação Autárquica. Em 2004, o segundo lugar e em 2005, no encontro realizado em Porto Santo, o 1º lugar.
Precisamos de ter uma informação credível e realista do que se passa na Freguesia e que divulgue e promova o que de bom, e bem, é feito na Freguesia por este executivo e pelas mais diversas instituições e não ocupar páginas com instituições que vão sair da Freguesia, com a passagem do Papa e a culpar os moradores por muito do que de mau se vê na Freguesia.
1 comentário:
Torna-se notório que qualquer Junta ao fazer investimentos públicos inclui o da informação, ao nível do papel e da internet. O Boletim auto-sustentava-se num passado não muito longiquo pelas receitas publicitárias que na altura não eram exploradas convenientemente, mas o mérito da informação actualizada e com noticias da freguesia eram uma realidade. Transmitia aos fregueses aquilo que se passava e ia-se passar. Não era perfeita mas deu para ganhar um 2º e um 1º lugares prestigiando todos os que estavam do executivo e quem a dirigia. Actualmente vimos um vazio noticioso, noticias passadas, saidas tardias, entregas ao domicilio nao realizadas, etc. etc. É mais barato? Talvez mas o barato sai caro face à ausencia da informação. E o site? Absolutamente paralizado sem actualizações há imenso tempo. Quem não se chega às populações é facilmente esquecido!
Enviar um comentário