terça-feira, 27 de novembro de 2012

Este é o tempo de unir, de trabalhar, de edificar e de semear para colher


Excelente discurso do Pedro Pinto, no encerramento do debate do Orçamento de Estado para 2013, hoje na Assembleia da República. Com olhos postos no futuro, atento à realidade, mas sem esquecer os erros do passado. Como afirmou, também eu e todos os Portugueses, esperamos que os sacrifícios que agora nos são exigidos, evitem a tragédia e nos tragam um futuro mais risonho.

"O PSD apoia este Orçamento do Estado porque se trata de um instrumento em que, simultaneamente: 
o rigor corrige o passado
a solidariedade atende ao presente
e as políticas de crescimento servem o futuro
É um documento muito duro que evita a tragédia

(...) Uma vez mais, «a austeridade surge como condição da esperança». Esta frase foi proclamada aqui mesmo. Onde me encontro. No debate do Orçamento de 1984. Por Mário Soares. Quando Portugal estava sujeito às condições dos seus credores. Também hoje «A austeridade é condição da esperança»

(...) O País acordou de um sono criminoso que hipotecou a nossa e as futuras gerações. Durante a última década, fizemos uma transferência de responsabilidades para o futuro e esse futuro chegou. Gastámos o que herdámos, o que produzimos e o que pertencia aos nossos filhos.

(...) Há 500 anos criámos a vela que nos permitiu navegar contra o vento. Este Orçamento tem a mesma vocação. Como nessa altura, vamos crescer na adversidade. Mas, como então, não ignoramos a força da intempérie.

(...) Como o Povo sabe - e está escrito - «há um tempo para cada propósito debaixo do Céu». 
Entre outros, «o tempo de plantar e o tempo de colher», o tempo de clarificar e o tempo de unir.
De todos os tempos, este não é o tempo para dividir: Entre quem nos hipotecou - e quem agora paga; Entre quem encara os problemas de frente - e quem os quer adiar.
Este é, sim, o tempo de unir, de trabalhar, de edificar e de semear para colher.

(...) Nas políticas sociais, sobretudo na saúde e na educação, precisamos de um Estado que garanta o fornecimento de serviços públicos de qualidade, num quadro de liberdade de opção pelos cidadãos, assegurando que ninguém lhes deixa de aceder por razões económicas."

Ler o discurso na integra aqui

1 comentário:

MVS disse...

Apesar de não concordar de forma alguma com as linhas gerais que foram aplicadas por este Governo na economia e muito menos como deixam de fora quem devia pagar a crise e obrigam os já miseráveis velhos e crianças a passar cada vez mais fome, ( ontem mesmo assisti à entrega de 4000 cabazes a famílias paupérrimas por uma ONG que no mesmo sítio há um par de anos destribui 7, repito, 7!!! )quero deixar aqui expressa a minha admiração a um homem tão sensível como inteligente e que fez na AR um excelente discurso hoje no encerramento do debate do monstro OE para 2013.
Como disse, não concordo de forma alguma com a forma de resolver os problemas herdados, mas ao ouvir o Dr. Pedro Pinto, fico com a sensação de que no meio daquela gente monocórdica, cinzenta, insensível, vendida, repito, vendida, lânguida, arrogante, muito pouco esperta e menos inteligente, que defende "amiguismos" e escandalosos contractos milionários que lesam os bolsos dos miseráveis que pagam as PPP's e subsídios escandalosos às EDP's da vida e alimentam a Banca e seus lacaios, existe também gente que tem esperança, que tem visão, que pode no meio do horror e da escuridão ajudar-nos a não desesperar.
Ao ouvir O Dr. Pedro Pinto lembrei-me de como eram os tempos do PPD, da esperança de vida social próspera, do Dr. Sá Carneiro, de Pedro Santana Lopes e os discursos de pôr qualquer pessoa com "pele de galinha", enfim, lembrei-me que ainda há PPD no meio daquela "escumalhenta" gente cinzenta e afectada, "penteadinha" e presunçosa....
Que saudades Deus meu.
Obrigado Pedro Pinto!!!