E ao segundo round a novela continuou. Por muito que os nossos comentadores tentem afirmar o contrário, continuaram os ataques, a politiquice interna e as banalidades,
"Não enjeito nenhum passado do PS mas também não trago nenhum de volta". Pois, não convém lembrar que o resgate a que fomos sujeitos foi motivado pela teimosia do Sócrates, que nos deixou às portas da bancarrota, com o país na iminência de entrar em grave incumprimento com os nossos credores internacionais, mas também a nível interno, com o estado quase sem dinheiro sequer para pagar aos funcionários públicos. Para não falarmos dos desastres que foram a Parque Escolar, as SCOUTS, as PPP's rodoviárias etc, etc
"Eu pedi que me fizessem uma comparação entre o Contrato de Confiança e o Programa Eleitoral de 2009 e o que verifiquei, aliás com satisfação, em nome da coerência do PS, é que só seis propostas e meia é que não constavam do Programa Eleitoral de 2009". Depois de uma afirmação destas, ainda achei que agora é vinham aí as ideias para o país. Mas não, além da referencia ao manifesto dos jarretas da Versailles, do auto elogio à reforma administrativa de Lisboa, que só foi possível com a participação decisiva do PSD, pois caso contrário o que teríamos tido era um retalhar completo da cidade, com fins claramente eleitoralistas e de consequências imprevisíveis, que era o que a proposta inicial de António Costa previa, nenhuma ideia nova ou relevante para o futuro.
De soluções para o país, na saúde, no trabalho, na educação, na justiça, na segurança social, na segurança, nada, rigorosamente nada. Já na economia, a afirmação da moderadora, quando afirmou não perceber o que qualquer um dos Antónios pretende para a economia, está tudo dito. E ainda um dos Tós achou que este foi um debate esclarecedor. Para quem?
A única coisa em que ainda se conseguiram diferenciar, foi nas coligações pós eleitorais, caso o PS ganhe as eleições. Com Costa poderá haver coligações com toda a gente (Qualquer um serve para governar, incluindo o BE, o PC e quem sabe o aventureiro Marinho Pinto). Já com Seguro, não haverá coligações, pois na sua perspectiva já excluiu todos os partidos, ao afirmar que não se coligará com quem quer "destruir o Estado social, com quem quer sair do euro, com quem quer fazer mais privatizações, nomeadamente da CGD e da TAP" (não se percebe como é que vai querer governar. Sozinho, contra todos?)
O Expresso traz-nos um bom resumo da pobreza deste 2º round, ao elencar as 40 principais afirmações, de que se destaca "Tenho-te ouvido com evangélica paciência", de António Costa. E quer esta gente ser governo! Não há paciência.
Adenda: Depois dos debates, por entre ruínas, por José Manuel Fernandes
Adenda: Depois dos debates, por entre ruínas, por José Manuel Fernandes
Sem comentários:
Enviar um comentário