Afinal as tradições ainda são o que eram.
Esta semana o glorioso MRPP ressuscitou, fez-nos recordar os tempos do PREC nos quais se manifestavam contra tudo e todos. Trouxeram-nos à memórias velhas expressões como a da "morte aos fascistas e aos social-fascistas"
O Comunicado do Comité Central do PCTP/MRPP, dá-nos a conhecer a patriótica decisão da "suspensão do secretário-geral do Partido e dos membros do comité permanente do Comité Central" e que os "camaradas suspensos têm dez dias, a contar de hoje, para apresentar ao Comité Central um relatório político das suas actividades, com a respectiva autocrítica".
Aliás, este nobre principio da suspensão de funções dos que não cumprem com as suas obrigações partidárias, ainda para mais quando estavam reunidas as melhores "condições objectivas de sempre para alcançar os seus objectivos políticos imediatos", deveria ser pratica normal a aplicar a todos os que objectivamente e escandalosamente falharam os fins a que se propuseram. Se assim fosse, não estaria agora o país suspenso por causa das brincadeiras do camarada Costa.
Mas também deveria ser engraçado, ver a autocritica do Costa, sobre os directores de campanha que arranjou, dos cartazes de que não sabia, dos cabeças de listas que desencantou, que de cada vez que abriam a boca saía asneira, ou das invasões de palco que no final de campanha se sucediam a um ritmo vertiginoso e que de certeza contribuíram para o resultado final que obteve, mas que numa palavra mostram como estava e está impreparado para governar o país.
Mas esta semana que passou, ficamos também a conhecer a Camarada Marta e principalmente o Camarada Espártaco, que sem papas na língua apela aos "militantes do Partido e ao proletariado português para se empenharem denodadamente neste trabalho pela refundação do partido comunista operário português, correndo das nossas fileiras com os social-revisionistas, social-fascistas e demais oportunistas que tomaram conta do seu quartel-general" acabando com um forte "Morte aos Traidores!"
Será que isto significa que vão propor a morte do Garcia Pereira e dos outros 4 camaradas do comité permanente do Comité Central?
40 anos depois do 25 de Abril o MRPP ainda é o que era, agarrado aos seus fantasmas e "democraticamente" a pedir a morte de todos os que pensam ou agem diferente deles. Será isto aceitável em democracia?
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