Discordando na parte em que coloca a Coligação Portugal à Frente e o PS, no mesmo prato da balança, pois é por demais evidente para todos, que a Coligação tudo tem feito para chegar a um entendimento com o PS e que o PS assumidamente não trata nem negoceia com a Coligação, como negoceia com o PC e o BE, este artigo de opinião do António Barreto merece ser lido, principalmente pela esquerda, que continua a ver vitórias em todo o lado, menos em quem ganhou estas eleições, ao mesmo tempo que se esquecem que são muitos mais os pontos que os separam do que aqueles que os poderiam unir e que isso foi por demais evidente nos ataques e insultos que trocaram durante a campanha.
(...) Seria bom que se visse nos programas do PCP e do Bloco o que estes partidos pretendem do futuro de Portugal, da democracia em geral, da democracia avançada em particular, da União Europeia, do euro, da NATO, da iniciativa privada, do investimento internacional, do endividamento externo, da negociação da dívida...(...) Na verdade, o PCP não faz parte das soluções democráticas. O PCP integra o sistema democrático pela simples razão de que a democracia é o regime de todos, incluindo dos não democratas. Essa é a força da democracia, por vezes a sua fraqueza. Mas o PCP nunca deu provas de considerar a democracia algo mais do que uma simples transição para o regime comunista, através de uma democracia avançada, cujos horrores são conhecidos. Enquanto o PCP se mantiver fiel a tudo quanto o fez viver até hoje, deveremos tratá-lo como todos os comunismos e fascismos: combatê-los com a liberdade. A ter de ficar nas mãos de alguém, prefiro mil vezes os credores aos comunistas. Destes, sei que não se sai vivo nem livre".
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