Adolfo Suárez

Quando Juan Carlos se aproximou do homem com quem viveu a cumplicidade de mudar a política de Espanha, Suárez perguntou-lhe: “Quem és tu?”. Respondeu o monarca, emocionado: “O teu amigo Juan Carlos”

Espanha despede-se hoje do seu primeiro presidente de governo pós Franco, num clima de união em torno do reconhecimento que teve enquanto chefe de Governo, que muito poucos hoje na Europa e quem sabe no mundo, conseguiriam:

Pocas cosas pueden unir a un país que sufre una de las peores crisis económicas, políticas, institucionales y territoriales de su historia reciente. Tal vez por eso todos los dirigentes políticos y los miles de ciudadanos que han aguantado este lunes largas horas de cola alrededor del Congreso se han encargado de destacar que es un día triste, por la muerte de Adolfo Suárez, pero a la vez alegre, por la unidad que se ha creado alrededor de su figura. Se han unido solo por Suárez, y tal vez solo por un día.

Foram homens com o carácter, honestidade, coragem e frontalidade de Sá Carneiro e Adolfo Suárez, que desde 1974 me fizeram acreditar que faz sentido a participação activa na vida politica e que infelizmente vão sendo cada vez mais raros nos dias que correm.

De Adolfo Suárez recordarei sempre a forma firme como em 1981 enfrentou Tejero Molina no Congreso de los Diputados e defendeu o seu vice-presidente - Y cuando éste, fiel a lo que era, se enfrentó forcejeando a los guardias civiles, y el miserable Tejero, pistola en mano, intentó, sin éxito, tirarlo al suelo con una zancadilla, el único hombre valiente entre todos aquellos cobardes que se levantó para socorrerlo, fue Adolfo Suárez. Um dos três que não se escondeu debaixo das cadeiras aquando dos tiros que foram disparados, tendo-se mantido sentado no seu lugar.