Para aqueles que acusam o Presidente da República de não intervir a tempo, as últimas intervenções do Chefe de Estado têm antecipado os acontecimentos, enviando mensagens muito claras do que pensa que devem ser os caminhos que o país deve seguir no futuro imediado.
Ontem no Alentejo, o Presidente da República foi muito claro:
Competitividade de Portugal não está nos salários baixos - “Já disse e repito, Portugal não encontrará, certamente, a sua competitividade nos salários baixos. Existem muitos outros países, mesmo da Europa, mas também fora da Europa, com salários mais baixos dos que se praticam em Portugal”
Novos cortes só devem visar quem ganha muito -"Não tenho nenhuma informação que aponte para a redução do rendimento disponível daqueles que foram duramente atingidos nos últimos anos, funcionários públicos e pensionistas", acrescentando que "é mesmo "difícil", no caso específico dos pensionistas, "continuar a exigir mais sacrifícios".
Quando todos os indicadores mostram que estamos no bom caminho, destacando-se a consistente descida dos juros da dívida, nomeadamente a taxa de juro da dívida a 10 anos, que foi ontem negociada abaixo dos quatro por cento, pela primeira vez desde Janeiro de 2010, as palavras do Senhor Presidente da República não podem deixar de ter as devidas consequências.
E para os que andam, por um lado, mais distraídos com a intervenção do Senhor Presidente da República e por outro com os que julgam que o fim do programa de ajustamento em Maio, significa o fim da austeridade e do rigor financeiro e orçamental, relembro aqui o prefácio do livro Roteiros VIII, onde o Chefe de Estado afirma que, "é uma ilusão pensar que as exigências de rigor orçamental colocadas a Portugal irão desaparecer em meados de 2014, com o fim do atual programa de ajustamento económico e financeiro. Qualquer que seja o governo em funções, o escrutínio europeu reforçado das finanças públicas portuguesas, bem como a monitorização da política económica, vai prolongar-se muito para além da conclusão do atual programa de ajustamento.
Estou firmemente convicto de que os Portugueses preferem o compromisso ao conflito. Ao longo dos últimos anos, vivendo pesados sacrifícios, os nossos cidadãos revelaram um extraordinário sentido de responsabilidade. Agora, é chegado o tempo de as forças político-partidárias mostrarem que estão à altura desta exemplar atitude do povo português".
Prefácio do livro Roteiros VIII, a ler aqui na integra
E para os que andam, por um lado, mais distraídos com a intervenção do Senhor Presidente da República e por outro com os que julgam que o fim do programa de ajustamento em Maio, significa o fim da austeridade e do rigor financeiro e orçamental, relembro aqui o prefácio do livro Roteiros VIII, onde o Chefe de Estado afirma que, "é uma ilusão pensar que as exigências de rigor orçamental colocadas a Portugal irão desaparecer em meados de 2014, com o fim do atual programa de ajustamento económico e financeiro. Qualquer que seja o governo em funções, o escrutínio europeu reforçado das finanças públicas portuguesas, bem como a monitorização da política económica, vai prolongar-se muito para além da conclusão do atual programa de ajustamento.
Estou firmemente convicto de que os Portugueses preferem o compromisso ao conflito. Ao longo dos últimos anos, vivendo pesados sacrifícios, os nossos cidadãos revelaram um extraordinário sentido de responsabilidade. Agora, é chegado o tempo de as forças político-partidárias mostrarem que estão à altura desta exemplar atitude do povo português".
Prefácio do livro Roteiros VIII, a ler aqui na integra
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