No passado dia 20 de Março a Junta de Freguesia de Avenidas Novas deu inicio a uma intervenção nas árvores existentes no separador central da Av. Álvaro Pais, que passou pelo abate de diversas árvores e pela poda de outras e que ficou concluído esta semana.
Esta intervenção, como outras que estão a decorrer na Freguesia, foi antecedida uma sessão pública promovida pela Junta de Freguesia, com a presença de uma técnica da CML, para "Apresentação à população do plano de intervenção nas árvores em caldeira da Freguesia". Infelizmente e apesar de ter sido bastante divulgada (em várias páginas do Facebook, nas vitrines da Junta de Freguesia, por e-mail e directamente aos moradores das artérias onde vão decorrer estas intervenções), esta sessão teve pouca afluência.
A responsabilidade de manutenção das chamadas árvores de alinhamento ou em caldeira, é uma das novas competências das Juntas de Freguesias, que um pouco por toda a cidade estão a realizar podas e abates quando necessário, devido ao mau estado de conservação e ao perigo que essas árvores podem vir a representar em caso de queda. Estas acções que deveriam ser feitas regularmente (principalmente as podas preventivas) e que até agora eram da responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa, foram sendo por esta sucessivamente adiadas, chegando a maioria das árvores da Freguesia ao estado em que hoje se encontram, obrigando a que em algumas artérias e de uma vez só se proceda ao abate de um grande numero de árvores.
Foi o que aconteceu na Av. Álvaro Pais, onde o estado de conservação das árvores era aquele que as fotos documenta.
No entanto e apesar do cuidado que houve de antecipadamente dar a conhecer qual o plano de intervenção e as razões de em algumas situações ser necessário proceder a abates, situações a que só se deve recorrer em último caso e que são sempre do desagrado das populações, a verdade é que logo no dia em que se iniciaram estes abates, houve de imediato comentários, no facebook, mas também outros que me foram feitos pessoalmente a questionar e criticar os abates.
Comentários curtos, como "Arboricídio", "abate sem informação é violação", "sem palavras" ou "sem comentários", mas também outros a criticar pura e simplesmente os abates, que mais não seriam que crimes injustificados, que a Junta de Freguesia estaria a cometer. Quanto à falta de informação, como atrás referi, a mesma existiu e continua a existir, uma vez que a Junta está a avisar com antecedência as artérias onde vai intervir. Quanto aos crimes que estariam a ser cometidos, seria importante que em vez de criticarem só por criticar, houvesse o cuidado de no minimo verificarem o estado em que essas árvores se encontravam (já que até houve quem tirasse fotografias durante o abate), pois uma simples observação dos cotos explicaria o porquê dos abates (com uma ou duas excepções em que o apodrecimento da árvore era visível apenas a partir de um pouco mais acima), como as fotografias abaixo bem documentam:
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