sábado, 17 de setembro de 2016

A normalidade no arranque do ano escolar e a postura dos geringonços

Intervenção do Deputado Duarte Marques no debate sobre o arranque do ano escolar a 15-9-2016
"É incrível a diferença de postura do BE, PS e PCP perante os mesmos factos entre este ano e os anteriores". 

Sobre este mesmo tema a Professora Eugénia Gambôa, publicou no Jornal Sol, um esclarecedor artigo, onde nos relembra a figura de Mário Nogueira, tão activo e protestante em anos anteriores e que este ano se manteve estranhamente silencioso, perante os mesmos problemas

(...) "O início das aulas passou a determinar o sucesso ou insucesso de um ministro e mesmo de um governo. Uma arma poderosa brilhantemente aproveitada pela Fenprof, que cresceu e floresceu à sombra dos concursos de colocação de professores. Há muitos anos que é o profissional mediático Mário Nogueira que determina lapidarmente o ‘caos’ ou a ‘tranquilidade’ da abertura, critério oportunamente aproveitado pelos partidos políticos afetos.

Elenco factos que noutros contextos determinaram o ‘caos’ na abertura do ano letivo. Este ano temos alunos em contentores? Sim. Temos escolas com rachas nas paredes, infiltrações, com placas de fibrocimento degradadas? Sim. Nunca foi tão baixa a execução do investimento público na manutenção do edificado. Teremos mais funcionários nas escolas? Não, com a agravante que, para garantir as mesmas funções, se reforçará o recurso a precários. Haverá professores com horário-zero? Sim, e até aumentaram. Haverá turmas com alunos de diferentes níveis no 1.º ciclo? Sim. Haverá turmas com o limite máximo de alunos? Sim. Haverá turmas com menos de 6 alunos? Sim. Teremos todos os alunos com todas as aulas no primeiro dia de escola? Não. A percentagem de professores não colocados atempadamente face ao ano anterior é idêntica.

Mas este ano tudo está ‘tranquilo’. O que mudou? Na operação e nos procedimentos de colocação e atribuição de recursos, nada; no investimento regredimos, na autonomia das escolas retrocedemos, na transparência e acesso público aos dados, recuámos. O que mudou foi apenas a Fenprof, que de oposição passou a governo. 

Esta é uma abertura de um novo ano letivo como tantas outras, pois ‘caos’ só quando Mário Nogueira determinar."

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