E como já era muita coisa para o manter calado, Mário Nogueira apareceu finalmente esta semana, com pantufinhas de lã para não fazer muito barulho, a dizer que "quem olha de fora, o ano letivo começou muito bem, mas (...) que nas escolas há problemas que continuam e alguns até se agravaram".
"Como exemplo, Mário Nogueira aponta o caso da organização das turmas e da integração dos alunos com necessidades educativas especiais", para além do "eterno problema da falta de pessoal".
Mas há mais. Na primeira colocação de professores houve uma "maior colocação de docentes a prazo do que no ano passado", provocando que "1.572 professores dos quadros ficaram com “horário zero”. Contas confirmadas pela Fenprof que afirma haver "mais 378 professores com “horário zero” do que no ano passado e mais 655 do que há dois anos".
“Convém relembrar que este governo vinculou aos quadros apenas cerca de 100 professores, enquanto o governo anterior vinculou 4.197 professores entre 2103 e 2015”, anos em que Portugal enfrentou fortes restrições orçamentais impostas pela Troika.
Problemas que se agravam relativamente a anos anteriores? Falta de pessoal? E a Fenprof não convoca nenhuma manifestação a pedir a cabeça do ministro? Decididamente a tradição já não é o que era.
Perante os problemas de sempre, é realmente incrível a diferença de postura do BE, PS e PCP, nomeadamente quando o número de professores por colocar é superior ao do ano anterior. Para estes geringonços a diferença é que no passado a culpa era do Passos Coelhos e do Nuno Crato. Este ano a culpa é da baixa natalidade e da consequente diminuição de alunos.
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