O governo aprovou hoje um programa de perdão fiscal, idêntico a outro que o governo anterior levou a cabo e que permitiu na altura arrecadar 1277 milhões de euros. Portanto o que aqui está em causa não é saber-se se esta é ou não uma medida positiva ou se em abstrato se concorda ou não com a mesma.
Com esta iniciativa a geringonça mostrou-nos mais uma vez a sua total falta de coerência e de vergonha.
Falta de coerência porque "esta é provavelmente a primeira das medidas adicionais que o Governo precisa enviar para Bruxelas para evitar sanções", quando o governo sempre afirmou que não necessitava de medidas adicionais para o cumprimento do orçamento. "Hoje caiu a máscara (ao governo) ao ser aprovada esta medida"
E falta de coerência e principalmente de vergonha, pela gigantesca cambalhota que PS, PCP e BE, fizeram. Se não veja-se o que os mesmos disseram em 2014:
"encenação montada pelo Governo em torno do défice para fazer crer aos portugueses que os sacrifícios valeram a pena, visando mais brutais medidas de austeridade" e que o "perdão fiscal não é repetível", afirmava o deputado comunista Paulo Sá;
Mas curioso, ou talvez não, foi também hoje o silêncio do PCP e do BE na reunião com o Secretário de Estado, provavelmente engasgados pelo sapo que tinham acabado de engolir.
Como disse Sá Carneiro, "A Política sem risco é uma chatice... Mas sem ética é uma vergonha!", princípios que esta geringonça desconhece, para quem tudo vale para atingir os fins, nem que para isso tenham que renunciar às convicções, que tão acerrimamente defendiam há apenas 2 anos.
Adenda: "Em menos de 24 horas o Governo, e em particular António Costa, desmente duas vezes o Secretário Estado Rocha Andrade. Primeiro diz que o perdão fiscal não se aplica à Galp (porque o alteraram de ontem para hoje pelo embaraço político que o causou) e hoje o PM diz que não há nenhum perdão fiscal ao contrário do afirmado ontem à tarde por Rocha Andrade. São as consequências de ter um membro de governo claramente diminuído após o escândalo Galp e um Primeiro Ministro que decide em função de manchetes de jornais". In facebook, por Duarte Marques em 7-10-2016
Adenda: "Em menos de 24 horas o Governo, e em particular António Costa, desmente duas vezes o Secretário Estado Rocha Andrade. Primeiro diz que o perdão fiscal não se aplica à Galp (porque o alteraram de ontem para hoje pelo embaraço político que o causou) e hoje o PM diz que não há nenhum perdão fiscal ao contrário do afirmado ontem à tarde por Rocha Andrade. São as consequências de ter um membro de governo claramente diminuído após o escândalo Galp e um Primeiro Ministro que decide em função de manchetes de jornais". In facebook, por Duarte Marques em 7-10-2016
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