DN 21-9-2012 - Clique para ampliar
"A vida das Avenidas Novas não cabe nos mapas que apresentam"
Esta frase, dita por José Sardica no debate promovido pela Câmara de Lisboa na passada quinta-feira no Palácio Galveias, sintetiza o sentimento dos moradores e comerciantes das Avenidas Novas, face às propostas da Câmara/Vereador Nunes da Silva.
Numa reunião concorrida, apesar da falta de divulgação quer por parte da CML quer por parte da Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, a população presente em número muito significativo foi clara na oposição aos planos da Câmara para a introdução de 2 sentidos e placa central na Av. João Crisóstomo, redução do número de faixas de rodagem e alargamento dos passeios na Av. Miguel Bombarda, das alterações pretendidas para a Av. Defensores de Chaves, que passam pela utilização da placa central como zona pedonal e via clicável e redução de uma faixa de rodagem em cada sentido, além da continuação dos dois sentidos de trânsito na R. D. Filipa de Vilhena.
A Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, apesar de representada pela sua Presidente e por mais 2 membros do executivo, entrou muda e saiu calada, como aliás nos vem habituando a tudo o que se passa na Freguesia, não sendo possível tirar outra conclusão do que a que mais uma vez e contra aqueles que devia representar e que a elegeram, concorda com os planos da Câmara.
Sobre as opiniões dos moradores e comerciantes, expressas durante o acalorado debate, a notícia do Público de sábado é reveladora da unanimidade que estas expressaram:
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De referir ainda a intervenção do presidente da Associação de Moradores das Avenidas Novas, que deixou bem marcadas quer as dúvidas que se levantam a todos sobre o porquê destas obras num período financeiramente tão contornado e difícil para o país e para os cidadãos, quer as razões pelas quais somos contra algumas das intenções da CML, e que no final da sua intervenção entregou ao Eng. Mendes dos Reis em forma de memorando.
É no entanto importante referir que algumas das soluções agora apresentadas pela Câmara contam com a concordância da população, como seja o rebaixamento dos passeios de forma a facilitar a mobilidade, a passagem do Bairro do Arco do Cego a zona 30, a passagem a via com 2 sentidos de trânsito em toda a extensão da Av Marquês de Sá da Bandeira, bem como a alteração do cruzamento desta avenida com a Av de Berna de forma a permitir a passagem de e para a Rua da Beneficência. Esta última proposta irá permitir um acesso fácil directo ao Túnel do Rego, aberto à circulação em Dezembro de 2005, mas que continua até hoje quase que permanentemente vazio, sendo uma excelente alternativa a quem por exemplo vem ou quer ir para a Av das Forças Armadas, Bairro Santos ou mesmo Hospital de Santa Maria, fugindo à Av. 5 de Outubro ou Praça de Espanha.
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