São de 1741 as primeiras referências à realização de corridas de touros na zona do Campo Pequeno. Aqui foi inicialmente construída uma praça de Madeira, mas como tinha pouca capacidade começaram também a aparecer outras praças em diferentes pontos da cidade. A praça do Campo de Santana, mandada construir pelo Rei D. Miguel, e que funcionou de 1831 a 1891, seria a mais importante, mas foi interditada em 1888, devido à falta de condições.
No ano seguinte começou a construção da actual Praça de Touros no Campo Pequeno.
A Inauguração deu-se a 18 de Agosto de 1892, com uma festiva corrida à Antiga Portuguesa, presidida pelo infante D. Afonso, em representação do Rei D. Carlos e Rainha D. Amélia. Esta corrida atraiu milhares de pessoas à praça, com destaque nos camarotes para as principais autoridades civis e militares. O 1º touro a pisar a arena era de Emílio Infante da Câmara e a sua lide coube ao cavaleiro Alfredo Tinoco.
Este notável edifício foi concebido em estilo neo-árabe pelo arquitecto António José Dias da Silva, com uma estrutura circular toda em tijolo maciço de face à vista, com 4 cúpulas bolbosas de inspiração turca. O redondel tem 38m de diâmetro e a lotação de 7000 pessoas.
No ano 2000, face à crescente degradação do edifício, a praça encerrou para obras de reabilitação profundas durante 6 anos, mantendo-se a sua traça original.
A praça ficou com o seu primeiro anel alterado estruturalmente, passando a ser de betão armado, em detrimento dos arcos de tijolo existentes inicialmente. O anel exterior manteve-se inalterado a nível estrutural, tendo sido executadas reparações e reforços.
Foram criados, um parque de estacionamento e uma galeria comercial no subsolo, o Centro Comercial do Campo Pequeno, e alguns espaços comerciais no piso térreo. A alteração mais significativa terá sido a cobertura amovível que torna a praça num espaço mais versátil, podendo ser utilizado durante todo o ano e para qualquer fim. Tem uma capacidade de 7277 lugares.
121 anos depois da sua inauguração a Praça de Touros do Campo Pequeno continua a ser ex-libris de Lisboa e será um dos principais símbolos da Nova Freguesia das Avenidas Novas.
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