Castelo de Olivença, Duarte D'Armas, c. 1509
Em 20 de Maio de 1801, a «Nobre, Leal e Notável Vila de Olivença» foi ocupada militarmente pelos exércitos de Espanha. Passam hoje precisamente 213 anos.
O ocupante iniciou e prosseguiu desde então, sem pudor, a colonização e a espanholização de um território onde, desde sempre, florescera a cultura portuguesa.
Impediu-se o contacto de Olivença com o resto do país, escondeu-se aos oliventinos a sua origem, a sua história, a sua cultura, castelhanizaram-se os seus nomes, proibiu-se o uso da (sua) língua portuguesa.
O processo de colonização, aculturação e espanholização, necessariamente apoiado na força e na repressão militar e policial, encontrando a resistência surda mas permanente dos oliventinos, continua ainda nos nossos dias.
Portugal e a cultura portuguesa defrontam-se com a ocupação e o sequestro de uma parte de si. A língua portuguesa – a pátria de Fernando Pessoa! – encontra-se diminuída na sua universalidade. Aqui, à nossa beira, em Olivença.
Em contraponto, também hoje, comemora-se o décimo segundo aniversário da República Democrática de Timor Leste, proclamada em 20 de Maio de 2002. No outro lado do Mundo.
Confiando que as Autoridades nacionais saibam tomar as medidas necessárias à defesa do Direito, da dignidade e dos interesses nacionais, o Grupo dos Amigos de Olivença exorta todos os portugueses, detentores da Soberania, a sustentarem com veemência a devolução do território oliventino.
Tal como Timor Lorosae afastou o ocupante estrangeiro e iniciou a construção do seu próprio Estado, reservando à língua portuguesa uma particular importância, também Olivença há-de obter Justiça, resgatando a sua Identidade, a sua História e a sua Liberdade, reencontrando-se com a Cultura e a Língua de Camões e de Pessoa!
Lisboa, 20 de Maio de 2014.
A Direcção do Grupo dos Amigos de Olivença
Para saber mais sobre a questão de Olivença, visite o site do Grupo dos Amigos de Olivença
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