Muito se tem dito e comentado nos últimos dias sobre a instalação, por parte da EMEL, de zonas de estacionamento pago e de bolsas reservadas a moradores, no Bairro Santos.
Há vários anos que se ouviam reclamações por o Bairro ser uma ilha no centro de zonas tarifadas e por esse motivo, ponto de fuga e de estacionamento de centenas de carros, cujos proprietários utilizavam o Bairro unicamente para estacionarem, para depois irem para os seus locais de trabalho fora do Bairro (como é o caso de muitos funcionários do HSM), impedindo dessa forma os moradores de estacionarem. Esta situação levou a que fossem vários os pedidos de moradores para que a Câmara ou EMEL interviessem no Bairro de forma a disciplinar o estacionamento. Aliás o assunto foi por várias vezes levantado na Assembleia de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, e a resposta que a Junta de Freguesia de então sempre deu, era a que a EMEL não considerava a zona rentável, razão pela qual não iria intervir no Bairro.
E foi na sequência dessas reclamações, (mais uma vez ouvidas ao longo da última campanha eleitoral autárquica), que levou a que a Junta de Freguesia respondesse positivamente, e muito bem, à EMEL quando esta lhe solicitou um parecer sobre esta questão.
No entanto, esteve muito mal a EMEL na forma como iniciou este processo, desde logo por ter procedido à execução da instalação das zonas de estacionamento, sem antes ter falado com a população, levando naturalmente a inúmeros mal-entendidos e contra-informação, a que não ajudou haver ruas mal identificadas, sinalização deficiente, e folhetos distribuídos pela EMEL com informações incorrectas e funcionários incapazes de prestar os esclarecimentos necessários, ainda que sempre se tenham mostrado cordiais e educados.
A agravar toda a situação, o facto da EMEL ter optado por apenas parquear sensivelmente metade do Bairro criando uma situação de desigualdade e de discriminação entre os moradores do Bairro, totalmente injustificada, e que levou naturalmente a que se verificasse uma fuga para a zona a sul das Ruas Cardeal Mercier e Carlos Réis, onde se verificou um aumento exponencial de viaturas à procura de estacionamento.
Tudo isto teria sido evitável se a EMEL – empresa tutelada pela Câmara Municipal de Lisboa – tivesse optado por uma postura mais dialogante, não só com os órgãos autárquicos de Avenidas Novas, mas com a própria população.
Perante todos estes problemas, os autarcas do PSD na Assembleia de Freguesia de Avenidas Novas fizeram chegar à Junta de Freguesia várias reclamações e recomendações, que naturalmente foram por esta defendidas junto da EMEL e que entretanto já mereceram genericamente resposta positiva da EMEL, nomeadamente acedendo a que os moradores da Zona não concessionada possam requerer o dístico de residente para poderem estacionar na zona concessionada.
No entanto, mais uma vez, esta solução só contemplou parte dos moradores da rua Filipe da Mata, continuando os restantes a serem tratados como cidadãos de segunda.
Face a esta situação, e sem prejuízo de todos os esforços que têm vindo a ser desenvolvidos pela Junta de Freguesia, mas a título de complementariedade a esses mesmos esforços, os membros da Assembleia de Freguesia, eleitos pelo PSD, solicitaram à EMEL que realizasse uma visita ao Bairro, de forma a melhor identificarem e avaliarem as situações pendentes.
Na sequência da visita que se realizou na passada sexta feira, e que contou com 3 técnicos superiores da EMEL, Jose Marinho (membro da Assembleia de Freguesia), Isabel Simas (vogal da Junta de Freguesia) e José Caeiro, membro da lista do PSD, fomos já hoje informados pela EMEL que todos os moradores da zona do Bairro Santos que neste momento não é concessionada, incluindo todos os da Rua Filipe da Mata, vão poder requerer o cartão de residente, ou seja, desta forma é reposta a situação de igualdade e pacificação dos moradores, que com muita razão estavam revoltados e se sentiam discriminados pela EMEL.
Foi ainda esclarecido que não passou de um boato a afirmação de que a zona a sul das ruas Cardeal Mercier e Carlos Reis, não seria concessionada à EMEL, por lobie/pressão da empresa Rupauto, que dessa forma poderia continuar a estacionar livremente as suas viaturas sem pagar. De facto, tal não corresponde à verdade, tendo ficado claro que a referida empresa negociou com a EMEL o aluguer de diversos lugares no parque de estacionamento da Av. Álvaro Pais, o que permite libertar muitos lugares de estacionamento, respondendo a outra reclamação antiga dos moradores, que desde há muito se queixavam de a referida empresa usar a via pública como sua garagem.
Devido às motos normalmente estacionadas na zona da Rua Soeiro Pereira Gomes, e uma vez que não estava prevista nenhuma zona para o estacionamento das mesmas, foi também por nós solicitado à EMEL que equacionasse a criação de lugares específicos para estes veículos, sugestão que foi aceite.
Informamos também que, com a nossa intervenção e a anuência da EMEL, foi possível encontrar uma solução para o estacionamento de viaturas do Tribunal Central Administrativo, que permitirá também libertar lugares de estacionamento na via pública, ao mesmo tempo que se resolve o problema do estacionamento em 2ª fila que normalmente existe naquela zona.
Os eleitos do PSD, tanto na Junta como na Assembleia de Freguesia de Avenidas Novas mostram desta forma, e mais uma vez, que estão atentos ao que se passa na Freguesia e intervêm sempre que necessário para defender os direitos legítimos dos fregueses, não se limitando a participar em reuniões ou a levantar o braço esperando que as soluções apareçam.
Aproveitámos ainda para solicitar à EMEL que repense a decisão de não parquear a zona a sul das Ruas Cardial Mercier e Carlos Reis, criando bolsas para residentes nalgumas ruas, e proceda ao parqueamento de outras, permitindo dessa forma criar uma rotatividade no estacionamento, que só pode ser positiva para o Bairro. Ficámos com a convicção clara de que a EMEL será sensível a este pedido, pelo que foi avançada a realização de uma nova visita ao Bairro, para se fazer um balanço do funcionamento da zona já intervencionada, bem como para se saber o que realmente tenciona a EMEL fazer na outra zona.
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