O respeito pelas decisões dos gregos, principalmente quando tomadas de uma forma democrática e sufragadas de forma inequívoca, é algo que ninguém nem nenhum governo deve colocar em causa.
Por outro os gregos não se podem esquecer, que os seus parceiros europeus, aqueles com quem têm que negociar - os credores - também foram eleitos democraticamente e também têm que respeitar as decisões dos seus eleitores, que são contrárias às pretensões gregas
E se ontem foi sem dúvida nenhuma uma noite de euforia para os gregos, a realidade é bem mais dura, e os dias que se avizinham, ao contrário do que Tsipras prometeu aos gregos na última semana, avizinham-se cheios de dificuldades. Se não vejamos:
Os bancos já não vão reabrir hoje, contrariamente ao anunciado pelo governo grego, Merkel e Hollande respeitam o “não” mas exigem "propostas concretas” e o socialista Sigmar Gabriel, ministro da economia da Alemanha, indica que a Grécia se encontra em risco de insolvência e vai ter de apresentar propostas que vão mais além do que as submetidas anteriormente.
O futuro não se advinha fácil para os gregos. Para o bem da Grécia e da Europa, espero que o real resultado do referendo criado pelo Syriza - a demissão forçada de Varoufakis - abra portas a um entendimento entre os gregos e os credores.
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