As últimas semanas e principalmente os últimos dias têm sido férteis em noticias sobre a Grécia. Eu próprio tenho aqui manifestado a minha posição sobre algumas das questões que se levantaram com o resultado das últimas eleições gregas, sendo especialmente critico para a demagogia com que a nossa esquerda caviar, a que inexplicavelmente António Costa e o PS se colaram, vêm vitórias em cada recuo do Syriza.
Não que tenha algo contra a Grécia ou os gregos, mas não consigo perceber de onde lhes veio esta súbita fobia para apresentar os Syrisicos como os salvadores da Europa, repetindo vezes sem conta o que já se percebeu não ser verdade, como se "uma mentira repetida mil vezes, passe a ser verdade".
Como infelizmente alguma da nossa imprensa já nos habituou a ser muito pouco isenta, reflectindo apenas o que mais lhe convém e se com isso conseguir atacar o governo, melhor ainda, tenho aqui replicado alguns artigos de opinião, que nos trazem uma outra visão do que se passa, além das verdades que outros teimam em nos impor.
E porque a memória às vezes é curta, convém não nos esquecermos de que estamos a falar de um país que tinha as mais inimagináveis regalias, onde cabeleireiras e massagistas eram profissões "árduas e insalubres" e davam direito a reforma aos 53 anos, ou que tinha uns absurdos 45 jardineiros para quatro arbustos, ou que pura e simplesmente vetou a nossa entrada e da Espanha na CEE. Ou será que não convém lembrar que nessa altura a solidariedade grega custou “dois mil milhões de dólares (cerca de 350 milhões de contos)”. Qualquer coisa como 1.750 milhões de euros, aos cofres europeus.
Porque algumas verdades são inconvenientes para uns tantos democratas, que curiosamente até há um mês atrás nunca os tinha visto como gregos e que nem faziam ideia (e se calhar continuam a não fazer) o que era o Syriza, deixo-vos aqui mais 4 artigos que ajudam a compreender a verdade sobre as recentes vitórias Syrizicas:
- Bastaram três semanas - Ou a Teresa de Sousa virou uma perigosa Passista e apoiante da Sra Merkel , o que não me parece ser o caso, ou esta é mais uma análise isenta da actual realidade grega, que António Costa continua a querer ignorar;
- Pequeno dicionário do nosso tempo mediático - Um oportuno dicionário para o António Costa e a nossa esquerda Syrisica saberem o que dizem, quando vêem falar de crises humanitárias e de austeridade. (Crise humanitária existe na Siria, na Libia ou no Darfour. Ou de repente a nossa esquerda caviar já se esqueceu que continua a existir um Darfour...)
- O acordo do Eurogrupo explicado parágrafo a parágrafo - Como diz o mais que insuspeito Vital Moreira "É verdadeiramente patética a tentativa do governo Syriza e seus apoiantes para tresler o acordo com a UE e ver nele "uma batalha ganha" por aquele. Ver esta explicação em português entendível por toda a gente. Parece que outros comentadores leram uma versão diferente, provavelmente em grego..."
- A derrota do Syriza: não há revoluções grátis - Ou a vitória da semântica. Já todos sabemos o que conseguiu o Syriza: em vez da troika, passou a haver “instituições”; em vez do programa, “acordo”; em vez de credores, “parceiros”; em vez de austeridade, “condições”. A verdade que alguns não querem ver.
- Bastaram três semanas - Ou a Teresa de Sousa virou uma perigosa Passista e apoiante da Sra Merkel , o que não me parece ser o caso, ou esta é mais uma análise isenta da actual realidade grega, que António Costa continua a querer ignorar;
- Pequeno dicionário do nosso tempo mediático - Um oportuno dicionário para o António Costa e a nossa esquerda Syrisica saberem o que dizem, quando vêem falar de crises humanitárias e de austeridade. (Crise humanitária existe na Siria, na Libia ou no Darfour. Ou de repente a nossa esquerda caviar já se esqueceu que continua a existir um Darfour...)
- O acordo do Eurogrupo explicado parágrafo a parágrafo - Como diz o mais que insuspeito Vital Moreira "É verdadeiramente patética a tentativa do governo Syriza e seus apoiantes para tresler o acordo com a UE e ver nele "uma batalha ganha" por aquele. Ver esta explicação em português entendível por toda a gente. Parece que outros comentadores leram uma versão diferente, provavelmente em grego..."
- A derrota do Syriza: não há revoluções grátis - Ou a vitória da semântica. Já todos sabemos o que conseguiu o Syriza: em vez da troika, passou a haver “instituições”; em vez do programa, “acordo”; em vez de credores, “parceiros”; em vez de austeridade, “condições”. A verdade que alguns não querem ver.
1 comentário:
Mais correto que isto, só isto mesmo.
Obrigado !!
Enviar um comentário