domingo, 9 de agosto de 2015

Sai o Edson, entra o Edson. Põe cartaz, tira cartaz e o folhetim continua

De trapalhada em trapalhada, com mentiras à mistura, pedidos de desculpa públicos, mudança de publicitário como quem muda de camisa, mudanças rápidas de cartazes, retoques inexplicáveis de imagem, numa tentativa desesperada de branquear o líder, sem esquecer as críticas internas e o ridículo a que o PS se está a sujeitar, que começou nas redes sociais, mas rapidamente alastrou por toda a comunicação social, com honras de primeira página e abertura de telejornais nas TV's, o folhetim dos cartazes do PS parece não ter fim.

Pelo que o DN noticia, afinal sempre parece que o Edson Athyde terá sido afastado da campanha socialista, mas rapidamente foi repescado, tal a borrada e estragos que o seu substituto terá provocado. Mas este foi apenas um dos últimos capítulos desta trapalhada.

Se os primeiros cartazes que o PS apresentou passaram relativamente despercebidos, a verdade é que não deixaram mesmo assim de dar nas vistas, pela forma como os seus apoiantes apareciam, dando a ideia que estariam a rezar, não sei se à espera de algum milagre ou a pedir a alguma divindade que não permitisse que a coisa ficasse ainda pior.

A seguir a esta primeira intrusão subtil pelo religioso, veio o rigor, num cartaz com um fundo que não se compreende e que faz lembrar uma casa vazia em que António Costa está sozinho. Rigor que foi coisa que viemos a verificar esta semana, o PS desconhece.

E como isto não pegou, pois rigor é algo que há muito os Portugueses sabem que é principio que o PS não usa - levaram a que por 3 vezes o país pedisse ajuda externa e em Lisboa, e ao contrário do que António Costa bem tenta afirmar, não só não reduziram a divida da CML, como a aumentaram, o PS vira-se claramente para o religioso, com um cartaz que "parecia uma versão da capa da revista Sentinela das Testemunhas de Jeová em formato 8mx3m".

Mas ao contrário do desejado, aqui começou a verdadeira trapalhada em que o PS se meteu, com as redes sociais a levarem esta opção socialista ao ridículo e internamente a fazerem-se notar de forma clara as críticas à direcção de campanha. Há que mudar rapidamente de estratégia, e em poucos dias surgem novos cartazes, com autoria de um novo publicitário, que pelo que se viu era mais virado para a ficção do que para a religião.


Mas não só quem aparece nos cartazes não corresponde à história que os acompanha, como o PS confirma que a crise começou no governo Sócrates e que desde esse momento para cá (nomeadamente entre 2010 e 2012) o desemprego baixou (ou então inventaram números para cada cartaz)

Via O Insurgente
Mais, assumem que os recibos verdes são um problema que eles e o Sócrates não conseguiram resolver enquanto foram governo. Só não esclarecem é se a senhora que está na foto está realmente a recibos verdes (ou é mais uma invenção) e se o número apresentado se refere a todos os cidadãos que passam recibos verdes (incluindo advogados, médicos, amas e outras profissões que obrigam a recibos verdes, cidadãos que além do seu emprego, têm outras ocupações nas quais utilizam recibos verdes) ou apenas aos vulgarmente apelidados "falsos recibos verdes"

Com esta campanha o PS não apresentou uma única proposta, limitando-se de forma grosseira a mentir aos portugueses, a utilizar números de forma deturpada e a nada esclarecer quanto à composição dos mesmos, tendo como única e exclusiva finalidade o criar a confusão nos eleitores e a atirar as culpas para este Governo da desgovernação socialista e de José Sócrates de que António Costa foi número 2.

Como o povo diz e muito bem, a mentira tem perna curta, pelo que de imediato o PS percebeu que havia necessidade de rapidamente tapar a asneira e a mentira, o que começou a acontecer ontem, apenas 2 dias depois de os cartazes anteriores terem visto a luz do dia e alegrado as redes sociais.

E qual a melhor maneira de branquear tanta asneira, que o regresso ao chavão da confiança, na qual duvido que haja ainda portugueses que acreditem, e à imagem de António Costa? O que se torna incompreensível é a "lavagem tipo Michael Jackson" que lhe fizeram.

Não há razão alguma que possa levar um partido político a retocar a imagem do seu líder, mudando de forma claríssima o seu tom de pele, que não seja a de alguma forma, que não consigo nem quero perceber, enganar mais uma vez os eleitores.

Para um partido que está na bancarrota, quanto é que estas trapalhadas lhes vão custar, quer em termos financeiros quer políticos. A verdade é que enquanto o PS brinca aos cartazes, foge "como o diabo da cruz" a discutir o seu programa.

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